Prepare-se para a Índia : Duplicação do comércio e 15 acordos, qual a importância das parcerias com a Índia?

debora Pedroso • January 28, 2020
Os atos bilaterais que foram assinados entre Brasil e índia envolvem diversos setores, com destaque para os de comércio e de energia. Também há acordos no setor de agricultura, aviação civil, tecnologia e inovação, saúde, meio ambiente, defesa e segurança, ciência, cultura e previdência social.

O destaque principal foi o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), que pode ajudar a aumentar os aportes indianos em concessões e privatizações promovidas pelo governo Bolsonaro mediante o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). 

O presidente Jair Bolsonaro enalteceu os atos de cooperação assinados com o país e ressaltou a importância de estreitar os laços do Brasil com o país asiático. “O sentimento que levo é de que realmente são dois países que, ao firmar grandes parcerias, irão nos potencializar e fazer com que o mundo olhe de maneira diferente para nós”, afirmou na Hyderabad House.

Os países estão em negociação, mas ainda não assinaram o protocolo para evitar a dupla tributação, diminuindo, assim, as tarifas pagas para importação e exportação de produtos entre os países. Esse será um acordo para reconhecimento mútuo de operadores econômicos, que serve para agilizar os trâmites alfandegários entre países.

Ambos os governos tentaram indicar, durante os encontros, as áreas de seus mercados que mais favoreceriam uma expansão nas relações.

O governo indiano ressaltou oportunidades de negócios para o Brasil em áreas como infraestrutura, processamento de alimentos, energia, pecuária e agricultura. Por sua vez, o governo brasileiro destacou para a Índia as possibilidades de expandir negócios com brasileiros nos setores automotivo, de couros, petróleo e gás, farmacêutico, elétrico e químico.

Brasil quer vender etanol para a Índia

O presidente disse que o Brasil não vai exigir nada em contrapartida, mas ressaltou que seria importante que a Índia aumentasse sua produção de etanol. "O etanol, essa tecnologia nossa vindo pra cá, eles querem isso aí, acaba nos favorecendo também. Daí produz menos açúcar aqui, ajuda a equilibrar o mercado e é um sinal de aproximação com a Índia muito forte”, afirmou.

O documento prevê que há grande potencial para a adoção do etanol pela Índia. Em fevereiro, haverá um seminário em Nova Délhi sobre esse tipo combustível.

Na declaração final da visita do Brasil na índia no dia 27/01/2020 os dois países falaram em “significativo potencial para fortalecer a parceria” nessa área e reconheceram uma mútua interdependência na segurança energética. Também ressaltaram “a importância da cooperação bilateral no setor de bioenergia para alcançar seus objetivos econômicos, energéticos e ambientais”.

Segurança cibernética, Crime organizado, Combate ao terrorismo e Tráfico de drogas

Um memorando de entendendo da área de segurança cibernética foi assinado durante a viagem. Os dois governos manisfestaramtambém o apoio sobre a segurança cibernética, crime organizado, combate ao terrorismo e tráfico de drogas.

Os governos qualifica essas áreas como “mecanismos consultivos importantes" e irão fazer parcerias quanto a isso.

O acordo aprimora a assistência mútua em atenção a intimações, mandados e outros documentos e iniciativas judiciais, visando “aperfeiçoar a efetividade” de investigações, instrução de processo penal, terrorismo e combate a ilícitos.

Intercâmbio de trabalhadores

Para favorecer a mobilidade dos trabalhadores entre Brasil e índia, os países assinaram um acordo sobre previdência social. O objetivo é facilitar o reconhecimento do período de contribuição para a previdência de um trabalhador brasileiro que prestou serviços na Índia, ou um trabalhador indiano que prestou serviços no Brasil.

Conselho de Segurança da ONU

Ambos os governos advogam por maior representatividade de países em desenvolvimento na ONU, também requerendo o aumento de número de assentos permantes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

Cooperação na Área da Saúdes, Ciências Médicas, Medicina Tradicional e Homeopatia

O acordo cita “cooperação interministerial e interinstitucional” na Saúde, a fim de “aprimorar serviços de saúde, educação e treinamento médicos e pesquisa nos dois países”.

O documento também prevê intercâmbio de experiência em regulamentação de ensino, de práticas, medicamentos e terapias sem medicamentos, além de intercâmbio de treinamento para terapeutas, profissionais de saúde, cientistas, profissionais de ensino e estudantes.

Ministérios para cidadania "Primeira Infância"

O acordo prevê a cooperação para a primeira infância ( de 0 à 5 anos) essa cooperação é dada com o objetivo é realizar seminários, audiências, treinamentos, publicações e premiações para alertar sobre a importância do desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida.

Intercâmbio Cultural

O acordo busca promover atividades culturais em áreas como música e dança, teatro, audiovisual, literatura, artes plásticas, arquitetura e design para propagar a cultura dos dois países.

Cooperação Ciêntifica e Tecnologica

O documento prevê troca de informações e publicações especializadas e apoio a projetos de pesquisa em áreas como biotecnologia e saúde, energias renováveis e mudanças climáticas.

Pecuária e Produção Leiteira

O mais sucinto dos 15 acordos assinados entre Brasil e Índia prevê o fortalecimento de uma “agenda de colaboração” entre os ministérios responsáveis pela promoção da pecuária e produção de leite dos dois países.

Do lado brasileiro, o interesse é pela ampliação da participação do Brasil no mercado indiano de carnes suínas, frangos e ovos, suco concentrado de laranja, couros, alimento, acessórios médicos e cosméticos para animais e etanol e derivados. Já os indianos buscam investimentos externos para as cadeias de frios, máquinas e equipamentos para indústria de alimentos.

Cooperação do setor de Petróleo e Gás Natural

O documento renova um memorando assinado durante o governo Lula, que fortalece a cooperação bilateral na área de petróleo e gás natural. O documento lista como prioridades as atividades de exploração e produção, plataformas de perfuração, unidades petroquímicas e proteção ambiental.

A diferença para 2008 é a postura do Executivo em relação à Petrobras. No governo Bolsonaro, as refinarias e as reservas de pré-sal estão na rota das privatizações. As parcerias internacionais, nesse caso, ficam sujeitas à possibilidade de perda de controle estatal sobre as unidades de exploração e produção de petróleo e gás.

A venda de petróleo bruto representou 35% das exportações brasileiras à Índia em 2019.

Entendimento sobre Geologia e Recursos Minerais

O acordo propõe expandir o intercâmbio entre a Companhia de Pesquisa em recursos Minerais do Brasil (CPRM) e o Serviço de Pesquisa Geológica da Índia (GSI).

A proposta de promoção e implementação de projetos conjuntos na área pode não ir adiante: a CPRM está na mira da Secretaria de Desestatização e Desinvestimento do governo Bolsonaro e pode ser privatizada em 2020 por meio do Plano Nacional de Desestatização (PND).

Cooperação em Bioenergia

O documento prevê a formação de um Grupo de Trabalho Conjunto para estimular 17 áreas de cooperação, como produção sustentável de biocombustíveis; redução de gases efeito estufa e otimização de misturas entre combustíveis fósseis e biocombustíveis.

Fortalecimento e Parceria Estratégica entre o Brasil e a Índia, acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos

Na prática, o que os dois países se comprometem a fazer é garantir que os encontros bilaterais ocorram com alguma frequência, priorizando seis áreas temáticas: coordenação político-estratégica; comércio, investimentos, agricultura, aviação civil e energia; ciência, tecnologia e inovação, cooperação espacial, meio ambiente e cooperação técnica; defesa e segurança; cultura e educação; e temas consulares, saúde, previdência social e cooperação jurídica.

Propagandeado com exagero pelo presidente Bolsonaro, este acordo está atrelado ao Plano de Ação das áreas citadas acima, é uma lista de normas para garantir segurança jurídica nos negócios entre os dois países. O Comitê Conjunto Intergovernamental, resultado deste acordo, também prevê reuniões periódicas dentro das áreas consideradas prioritárias.

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Fonte: 

Brasil de Fato

Jornal Gazeta

Jornal Folha 
13 de junho de 2025
O golpe do falso advogado tem se tornado cada vez mais comum e sofisticado. Criminosos entram em contato com clientes se passando por advogados, utilizando fotos reais, nomes verdadeiros e até informações sobre processos em andamento. O contato costuma ser feito por WhatsApp, com mensagens convincentes que aparentam ser profissionais. O objetivo é ganhar a confiança da vítima para aplicar golpes financeiros, como o pagamento de supostas taxas de liberação ou custas judiciais inexistentes.  Para se proteger, é fundamental desconfiar de qualquer mensagem recebida de números desconhecidos, mesmo que contenham dados verídicos. Nunca envie informações pessoais ou realize pagamentos sem antes confirmar diretamente com o escritório oficial do advogado ou pelos canais de comunicação habituais. Em caso de dúvida, bloqueie o número e denuncie. A prevenção começa pela desconfiança e pela confirmação da identidade de quem entra em contato.
12 de junho de 2025
O que acontece quando um sócio vem a falecer? Pela lei, a regra é clara: os herdeiros não entram automaticamente no lugar do sócio falecido. O Código Civil determina que, nesses casos, a quota do sócio deve ser liquidada e os herdeiros recebem apenas o valor correspondente à participação dele na empresa, os chamados "haveres". Mas essa regra não é imutável. Se o contrato social permitir, os herdeiros podem ser admitidos como novos sócios, desde que os demais aprovem. Imagine uma empresa com três sócios. Um deles falece e deixa três herdeiros. Se o contrato social da empresa não conter uma cláusula definindo se esses herdeiros podem ou não entrar na sociedade, a participação do sócio falecido será liquidada. Os herdeiros recebem o valor correspondente às quotas em espécie, e a empresa perde parte do capital ou pode até ter que desembolsar um valor alto de uma só vez. Se o contrato permitir a entrada dos herdeiros, mas os sócios remanescentes não quiserem novos participantes, a situação também pode virar uma disputa judicial. Por isso, o ideal é que o contrato social já deixe claro como será feita a sucessão: se os herdeiros podem assumir a posição; como será calculado o valor da quota e em que condições o pagamento será feito. O cálculo desse valor pode variar. Pode ser feito com base no patrimônio da empresa, no valor de mercado ou em projeções de lucro. Se o contrato não definir, o jeito é partir para um balanço especial ou até uma avaliação judicial, o que aumenta custos e ainda sim é incerto. Os tribunais já deixaram claro que herdeiros não têm direito automático a se tornarem sócios, mas também não podem ser ignorados. Eles têm direito ao valor da quota proporcional, e a empresa precisa garantir que esse processo seja justo e transparente. Se a sociedade não quiser admitir novos sócios, a dissolução parcial resolve o problema, mas só se tudo estiver previsto de antemão. Então qual é a solução? Revisar o contrato social enquanto todos estão vivos e em pleno acordo. Uma cláusula bem feita evita surpresas, protege a continuidade do negócio e garante que, em um momento futuro do falecimento do sócio, a empresa não precise enfrentar ainda mais complicações jurídicas.
5 de junho de 2025
O Provimento nº 194/2025 do CNJ permite que qualquer pessoa consulte escrituras públicas e procurações pela internet, sem justificar interesse. A busca é feita via CEP, com dados básicos dos atos, ampliando o acesso à informação notarial no Brasil.
7 de maio de 2025
Se for vítima de discurso de ódio em redes sociais, salve as provas (prints, links) e denuncie à plataforma. Você pode processar o autor por danos morais e até a rede social, se ela não remover o conteúdo após notificação. Plataformas são obrigadas a combater discriminação sob o Código do Consumidor, podendo ser multadas se falharem. Liberdade de expressão não inclui ofensas.
6 de maio de 2025
Incluir cláusulas de jurisdição brasileira e aplicação da legislação nacional em contratos de importação assegura maior segurança jurídica ao importador, evitando disputas em tribunais estrangeiros e custos elevados. Isso garante que litígios sejam resolvidos no foro brasileiro, sob leis locais, geralmente pelos tribunais estaduais, e não pelos do país do vendedor.
5 de maio de 2025
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O visto EB-2 "Exceptional Ability" permite a imigração permanente para profissionais com habilidades excepcionais em ciências, artes ou negócios. Exige comprovação por meio de três de sete critérios (como diploma, experiência ou prêmios). Documentação sólida e assessoria jurídica são essenciais para o sucesso.
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